
3 de out. de 2025
Bitcoin rompe barreiras e mantém otimismo do mercado mesmo em meio a incertezas políticas
O Bitcoin subiu de abaixo de US$ 110 mil para acima de US$ 120 mil até a quinta-feira, afastando os ursos do CT (Crypto Twitter) no processo. Isso aconteceu apesar do iminente fechamento do governo dos EUA, que começou a se materializar na quarta-feira, 1º de outubro.
Mais uma vez, a timeline se encheu de postagens otimistas, incluindo até uma do lendário Cobie.
"Tenho sido um touro relativamente firme, mas é sempre importante atualizar constantemente as informações. Esta análise de RookieXBT faz um bom trabalho revisando o cenário atual do mercado."
O post inteiro vale a leitura, mas aqui está a parte mais relevante:
Índice do Dólar (DXY) em suporte de 15 anos
Ciclo de corte de juros (quase impossível precificar além da reação inicial) em um período de expansão econômica impulsionada pela IA
M2 em alta constante, como sempre
S&P 500 sobe 12% no ano, negociando em máxima histórica; recuperação em “V” total após cair até 22% devido à incerteza tarifária
OURO ficou parado por 15 anos e agora sobe 40% em 2025
Trilhões de dólares sendo investidos na expansão de infraestrutura
Outro post de alta relevância nesta semana contou com Ray Dalio falando positivamente sobre o Bitcoin. Seu argumento ganhou credibilidade justamente por ser equilibrado: elogiou o ativo, mas também destacou riscos e incertezas.
O fato é que ainda estamos em um mercado de alta, mas a forma de lucrar com ele parece ter mudado. Já tocamos nesse assunto várias vezes no Token Narratives este ano. O lendário DonAlt, conhecido no CT, postou esta semana:
“O mercado mudou nos últimos anos.Antes, gestão hiperativa de trades era uma boa forma de ter vantagem.Agora parece ser o contrário: convicção é muito mais importante, enquanto traders hiperativos estão sendo triturados.”
Ryan Watkins, ex-Messari, concordou:
“No último ciclo, a principal vantagem estava em ser de curto prazo enquanto todos apostavam no superciclo.Hoje, o que mais compensa é justamente o oposto: as melhores oportunidades cripto exigem horizontes de payoff mais longos, que poucos têm paciência (ou coragem) para esperar devido à miopia e ao PTSD do mercado.”
Várias razões explicam essa mudança nas estratégias lucrativas. Primeiro, os compradores marginais de criptoativos agora são instituições. Elas compram majoritariamente Bitcoin, alguma coisa de Ethereum e menores quantias de Solana e operam em prazos muito mais longos do que o típico trader viciado em adrenalina do cripto Twitter. Segundo, o setor pode estar amadurecendo: “investidores” agora exigem que projetos não apenas gerem receita, mas a distribuam aos holders dos tokens.
Matt Huang resumiu bem essa evolução, mostrando como, ao longo do tempo, as blockchains passaram a “fazer algo” e gerar lucro.
Esse processo pode ser visto pelo padrão já observado em outros setores: um ciclo de excesso de CapEx, colapso e depois reconstrução. Pela análise, estaríamos entrando na fase final.
E quando falamos em CapEx, nada é mais intensivo e arriscado do que construir coisas no mundo físico. É por isso que os mineradores de Bitcoin merecem tanto respeito. Também por isso que gosto de projetos como o DoubleZero, que lançou seu mainnet e token, além de um dashboard com métricas ao vivo — algo que não existe nem mesmo para a internet.
E, claro, uma retrospectiva semanal cripto não estaria completa sem mencionar as stablecoins. Primeiro, tanto o CEO da Uniswap, Hayden Adams, quanto eu, sofremos com a ganância desmedida do mercado financeiro tradicional ao trocar moedas. Adams concluiu: este é mais um motivo pelo qual o “tradfi” será substituído.
Depois, entrevistei brevemente Paolo Ardoino, CEO da Tether, que me convenceu de que, quando os rendimentos dos títulos soberanos dos EUA caírem, isso prejudicará muito mais os concorrentes da Tether do que a própria Tether. Não me surpreenderia se a empresa torcesse por juros menores justamente para “enxugar” a concorrência, que brota como mato.
Enquanto isso, Lagarde e o BCE temem a competição das stablecoins, quase todas atreladas ao dólar em relação ao Euro. O Conselho Europeu de Risco Sistêmico até recomendou a proibição de stablecoins multi-emissoras.
Já Nic Carter escreveu que o futuro não será dominado por um duopólio Tether/USDC, mas por uma multiplicidade de stablecoins com diferentes funcionalidades para atender a cada nicho.
Uma visão oposta ao modelo “winner-takes-most”.
Por fim, vale lembrar: o CT pode ser o coração pulsante do cripto, mas também está cheio de LARPers pobres fingindo riqueza e sucesso.
ANÁLISE FINAL
A análise da Bitprosper mostra que, apesar das incertezas políticas como o shutdown do governo dos EUA, o mercado cripto segue em ciclo de alta, mas com uma dinâmica diferente das anteriores.
Hoje, convicção e visão de longo prazo parecem pesar mais do que trades curtos e frenéticos, já que os grandes players agora são instituições com horizontes mais extensos. Além disso, a maturidade do setor exige que projetos não apenas cresçam, mas entreguem valor real aos investidores.
Em paralelo, stablecoins continuam no centro do debate global, enquanto o Bitcoin segue consolidando seu papel de ativo estratégico.
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