
9 de out. de 2025
Com 3.675 BTCs em caixa e nova rodada de compras, companhia brasileira entra para o grupo das maiores tesourarias de Bitcoin do mundo e dá início à sua jornada no mercado de capitais.
A OranjeBTC S.A. (B3: OBTC3) entrou oficialmente para a história do mercado financeiro brasileiro nesta terça-feira (7), ao estrear suas ações na B3 como a primeira empresa totalmente dedicada ao Bitcoin na América Latina.
Durante o evento de listagem, a companhia revelou ter adquirido recentemente 25 novos Bitcoins (BTC) entre os dias 25 de setembro e 6 de outubro, investindo cerca de US$ 2,8 milhões (R$ 15,5 milhões) a um preço médio de US$ 112,5 mil por unidade.
A operação, financiada com recursos próprios provenientes de aumentos de capital anteriores, elevou a posição da empresa para 3.675 BTCs em tesouraria, o que representa mais de R$ 2 bilhões considerando a cotação atual da criptomoeda. Com isso, a OranjeBTC entra para o seleto grupo das 25 maiores Bitcoin Treasury Companies do mundo e assume o posto de maior detentora corporativa de Bitcoin da América Latina.
Estratégia de longo prazo e visão global
Segundo o fundador e CEO Guilherme Gomes, a conquista representa um marco não apenas para a companhia, mas para o avanço da adoção do Bitcoin na região.
“Há um ano tudo era apenas um esboço. Hoje estamos na linha de largada, com uma estrutura sólida e visão de longo prazo. O objetivo é permitir que empresas e investidores latino-americanos tenham acesso ao mesmo padrão financeiro global, onde o Bitcoin se consolida como reserva de valor.”
Gomes destacou que a estratégia corporativa da OranjeBTC é criar uma ponte entre o sistema financeiro tradicional e a nova economia digital, em um contexto onde moedas locais sofrem com inflação e desvalorização.
“O Bitcoin surge como uma alternativa global de proteção patrimonial. Trazer esse movimento para o centro do sistema financeiro latino-americano é algo transformador.”
Planos de expansão e primeira dívida nacional voltada ao Bitcoin
A empresa já mira uma expansão regional, começando por outros países da América Latina, antes de pensar em uma presença global mais ampla. Além disso, avalia novos produtos financeiros que reforcem sua missão de educar e promover o uso do Bitcoin.
Outro destaque é a criação da primeira dívida corporativa do Brasil emitida para compra de Bitcoin, no valor de R$ 128 milhões, um título sem juros por cinco anos e sem cláusulas de resgate antecipado.
“Essa emissão foi essencial para mostrar que é possível aplicar instrumentos financeiros inovadores dentro da nova economia digital”, explicou o CEO.
Os três pilares da OranjeBTC
Gomes resume o projeto da companhia em três pilares principais:
Tesouraria sólida e transparente, baseada em acumulação disciplinada de Bitcoin.
Educação financeira, com cursos e conteúdos que abordam desde fundamentos de economia até investimentos avançados.
Disseminação da cultura Bitcoin na América Latina, visando ampliar o conhecimento e a adoção da criptomoeda.
Mais do que atingir uma meta específica de BTCs, o executivo reforça o compromisso com a compra contínua e transparente do ativo como reserva de valor.
“Nosso foco não é um número, e sim a consistência. Seguimos o mesmo princípio de Michael Saylor: comprar Bitcoin de forma recorrente e responsável.”
Modelo internacional adaptado ao Brasil
Inspirada em empresas como a MicroStrategy (EUA) e a Metaplanet (Japão), a OranjeBTC adota um modelo de tesouraria corporativa 100% Bitcoin, mas sob regulação brasileira e com foco em governança e transparência.
O conselho da companhia inclui nomes de peso como Fernando Ulrich, referência nacional em economia e Bitcoin; Eric Weiss, investidor veterano do setor; Josh Levine, especialista em inovação financeira; e Julio Capua, executivo com longa trajetória no mercado de capitais.
Ulrich destacou que o diferencial da empresa está em unir educação financeira e investimento real, aproximando o público brasileiro do universo Bitcoin.
“O país tem um grande potencial, mas ainda carece de conhecimento estruturado. A OranjeBTC vem preencher essa lacuna.”
O início de uma nova era
Com sede em São Paulo e atuação voltada para toda a América Latina, a empresa pretende expandir suas iniciativas educacionais e aumentar gradualmente sua reserva de Bitcoin. A estreia na B3 representa tanto um marco simbólico quanto prático: a inserção definitiva do Padrão Bitcoin dentro do sistema financeiro regulado brasileiro.
Para Gomes, essa é apenas a primeira etapa de uma transformação muito maior:
“O Bitcoin é o ativo mais escasso e seguro do mundo. O Brasil tem um papel estratégico nesse novo padrão monetário global e nós queremos estar na linha de frente dessa mudança.”
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