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2 de out. de 2025
Especialistas projetam valorização de 42% até o fim de 2025, impulsionada pela busca do varejo por alternativas ao ouro em meio à desvalorização das moedas fiduciárias.
O bitcoin (BTC +2,67%) pode subir para US$ 165.000 até o final do ano, segundo analistas do JPMorgan, que afirmam que a maior e mais antiga criptomoeda do mundo está subvalorizada em relação ao ouro quando ajustada pela volatilidade.
A razão entre a volatilidade do bitcoin e do ouro caiu abaixo de 2,0, o que significa que o bitcoin agora consome cerca de 1,85 vezes mais capital de risco do que o ouro, disseram os analistas liderados por Nikolaos Panigirtzoglou, diretor-gerente do banco, em um relatório na quarta-feira(01).
Com base nessa razão, o valor de mercado atual do bitcoin, de US$ 2,3 trilhões, precisaria subir aproximadamente 42% — “implicando em um preço teórico de US$ 165.000” — para se igualar aos cerca de US$ 6 trilhões investidos em ouro por meio de ETFs, barras e moedas, escreveram.
Os analistas observaram que a diferença de avaliação passou de o bitcoin estar US$ 36.000 sobrevalorizado no final de 2024 para estar cerca de US$ 46.000 subvalorizado em relação ao ouro ajustado pela volatilidade hoje.
“Esse exercício mecânico, portanto, pode implicar em uma valorização significativa para o bitcoin”, disseram.
A projeção de alta vem em meio ao que os analistas do JPMorgan descrevem como uma crescente adesão ao ‘comércio de desvalorização’, um aumento na demanda dos investidores por alternativas de reserva de valor. Os investidores de varejo lideraram o movimento, aplicando recursos em ETFs de bitcoin e ouro desde o final de 2024, motivados por preocupações com déficits governamentais, inflação, risco geopolítico, credibilidade dos bancos centrais e enfraquecimento das moedas fiduciárias, especialmente em mercados emergentes.
Os fluxos acumulados em ETFs à vista de bitcoin e ouro cresceram fortemente no último ano. As entradas em ETFs de bitcoin dispararam no início de 2025 antes de esfriar em agosto, enquanto os ETFs de ouro ganharam força recentemente, reduzindo a diferença entre os dois. Embora investidores institucionais também participem via contratos futuros da CME, os analistas disseram que o posicionamento em futuros ficou atrás das entradas em ETFs, indicando uma maior predominância de investidores de varejo no movimento.
A perspectiva do JPMorgan se junta a uma onda mais ampla de previsões otimistas para o bitcoin até o fim do ano, com diversas empresas e analistas mirando US$ 200.000. Atualmente, a criptomoeda está sendo negociada em torno de US$ 119.000, segundo dados do The Block.
ANÁLISE FINAL
A análise da Bitprosper é que a projeção do JPMorgan reforça a consolidação do bitcoin como ativo estratégico em cenários de incerteza econômica. O destaque para o “debasement trade” mostra que o varejo vem liderando a busca por alternativas diante da perda de confiança nas moedas fiduciárias e nos bancos centrais, especialmente em mercados emergentes.
O recado implícito é claro: mesmo que a volatilidade ainda seja um fator relevante, a aproximação do bitcoin com o ouro em termos de atratividade sugere que a criptomoeda está se firmando como uma reserva de valor competitiva.
O fato de analistas apontarem que o ativo passou de sobrevalorizado para subvalorizado em poucos meses reforça a ideia de que o momento atual pode representar uma janela de oportunidade para investidores estratégicos.
Se a meta de US$ 165.000 até o fim do ano se concretizar, será um marco não apenas para a valorização do bitcoin, mas também para a consolidação do mercado cripto no mainstream financeiro global. Ainda assim, é importante frisar que projeções desse porte carregam riscos e dependem de fatores externos como política monetária, movimentos de capitais institucionais e estabilidade geopolítica.
No resumo: o bitcoin, mais uma vez, aparece como protagonista em tempos de incerteza, e o varejo está escrevendo esse capítulo da história.
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